domingo, 13 de janeiro de 2008

F.C. Porto-Sp. Braga, 4-0 (crónica)

Lisandro 5' e 81', R. Meireles 18' e E. Farias 90'

Equipa: Helton, Bosingwa, P. Emanuel, B. Alves, M. Cech, P. Assunção (Bolatti 84'), R. Meireles, Lucho, Quaresma, Lisandro (Mariano G. 82') e Adriano (E. Farias 80')



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Um F.C. Porto absolutamente cirúrgico marcou dois golos no primeiro quarto-de-hora e arrumou num instantinho um jogo que, em boa verdade, durou pouco mais do que isso.

Pelo caminho garantiu mais uma vitória tranquila. Que lhe garante uma caminhada ainda mais tranquila para o título. Em duas jornadas desde que mudou o ano, aliás, já ganhou quatro pontos ao Benfica.

Com isso continua a esvaziar de emoção a Liga e a encher de orgulho os adeptos por tamanha superioridade sobre rivais. O mais curioso é que não precisa de forçar o ritmo.

A vitória sobre o Sp. Braga foi o espelho disso mesmo. Nos dois primeiros remates que fez à baliza adversário, o F.C. Porto marcou dois golos.

Sp. Braga abre o flanco... esquerdo
Há nesta vitória um nome que merece ser sublinhado: Miguelito. O extremo fez uma asneira do tamanho do Mundo na estreia. Tentou fintar Bosingwa quando não tinha cobertura do lateral. Um erro de principiante.

Muito mais rápido, muito mais forte, o lateral portista roubou-lhe a bola, correu para a área e entregou o golo numa bandeja a Lisandro. O argentino fez o resto.

O golo madrugador tranquilizou a equipa, que dez minutos depois chegou ao segundo numa jogada perfeita. Um golo que só existe porque existe o talento de Lucho. Perfeito a ver a desmarcação de Raul Meireles e a colocar-lhe a bola para um golo fácil.

Inovações de Jesualdo e equívocos de Machado
O segundo golo destacou também o mérito da estratégia de Jesualdo. Sem Tarik, o treinador colocou Adriano ao lado de Lisandro na frente e deixou a equipa sem extremo direito. Raul Meireles e Lucho apareciam por ali.

Ora a inovação pressupunha grande dinâmica na frente, com várias trocas posicionais, descidas no terreno e entradas dos médios. Numa delas Raul Meireles marcou.

Do outro lado Manuel Machado falhou redondamente. O treinador do Sp. Braga apostou em Miguelito como extremo-esquerdo, sobretudo para travar as subidas de Bosingwa. O problema é que não travou.

Bem pelo contrário, o posicionamento recuado convidava o lateral portista a subir. Machado emendou então a mão à passagem da meia-hora, tirou Carlos Fernandes, fez recuar Miguelito e desviou Wender para o centro.

Com os homens certos nos lugares certos, a liberdade de Bosingwa terminou.
Deu para tudo, até para Farias marcar
No meio destas contas todas, o jogo seguia com a vantagem tranquila do F.C. Porto. Ora sentindo-se na necessidade de dar a volta ao resultado, o Sp. Braga veio para a frente e tomou conta da posse de bola.

O F.C. Porto esfregou as mãos de contente e respondeu em saídas rápidas para o ataque. Meia dúzia de toques habilidosos, bons projectos de ataque e um remate perigoso de Quaresma permitiram um bom aplauso à saída para o intervalo.

Na segunda parte porém a equipa explodiu explodiu. E o aplauso dos adeptos no fim ficou enorme.

Dois golos, uma bola na trave, defesas formidáveis de Paulo Santos, enfim, deu para tudo. Até para Farias se estrear a marcar.

O Sp. Braga não conseguiu mais do que três bolas com perigo, a primeira de Linz, as duas últimas de Jaílson. Muito pouco para quem tinha que virar o resultado.

Até prova em contrário, a passagem pelo Porto pareceu ser só para exultar o talento do campeão

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