quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Helton: "Mato os adeptos de ataque cardíaco"

Helton não gosta de ver a Liga dos Campeões através da televisão pelo que está apostado em ajudar o FC Porto a repetir a façanha de 2004. Para já, vai passar pelo palco que consagrou a equipa: Gelsenkirchen.

"A ideia é sempre a mesma: chegar o mais longe possível", referiu em entrevista à revista Dragões, que ontem saiu para as bancas. E para Helton a meta é Moscovo, palco da final.

"Por que não? Se alguém entra a pensar que talvez consiga a vitória, já entrou derrotado. E quando se trata da dimensão do FC Porto não dá para pensar talvez. Caso contrário, mais vale assistir aos jogos em casa, comendo pipoca ou pizza", frisou.

Numa longa conversa em que passa em revista os principais momentos da sua carreira, o guarda-redes repartiu com os companheiros de sector os créditos pela consistência defensiva da equipa: "Não há segredos, mas um empenho muito grande de todos".

Mesmo quando as contingências obrigam a sucessivas mudanças no quarteto que está à sua frente. "É uma questão de entrega, de sintonia e de querer desempenhar o melhor possível um papel bem claro e previamente definido", contou.

E não é só entre os postes que Helton tem dado nas vistas. As fintas também fazem parte da sua imagem. Uma questão de estilo que começou ainda no Vasco da Gama com um treinador que "exigia bastante nesse capítulo". Wil Coort, por exemplo, diz que abusa.

"É um instinto", defende-se. "Não o faço para gozar na cara dos adversários. Sei que mato meia dúzia de adeptos de ataque cardíaco, mas não tenho por objectivo o brilho individual. Por exemplo, prefiro trabalhar a origem do ataque, segurando a bola e colocando num jogador bem posicionado, do que mandar um balão para a frente, oferecendo a oportunidade aos adversários de voltar a cair em cima de nós", justificou.

Numa análise aos concorrentes internos, considerou Nuno "um profissional de primeira e um amigo" e vê Ventura como o sucessor. "É um miúdo tranquilo, sereno e de muita qualidade", concluiu.

Na baliza por causa da chuva

O futebol perdeu um lateral-direito por duas razões bem distintas: a preguiça e a chuva. As explicações foram dadas pelo próprio, começando pela malandrice.

"Ainda jogava no Fluminense quando decidi ficar pela baliza, achando que poderia descansar mais e que os treinos seriam menos exigentes. Os outros que corressem lá na frente", referiu.

Depois, foi São Pedro a dar um empurrão num jogo em que nem tinha sido convocado. "Caiu um dilúvio mas mesmo assim resolvi aparecer. Na hora do jogo, faltavam os dois guarda-redes e quem foi para a baliza? O Helton, claro. No final, um olheiro do Vasco convidou-me a prestar testes".

Fonte: Sapo Infordesporto.

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